sexta-feira, 22 de agosto de 2014

Municípios da Nova Alta Paulista devolvem ambulâncias do Samu


Veículos seriam utilizados para a implantação do serviço nas cidades. Projeto não foi concluído devido ao alto custo financeiro mensal.

Os nove municípios da Nova Alta Paulista que haviam inciado o projeto de implantação do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu), que não foi concluído devido ao alto custo financeiro, devolveram as ambulâncias ao Ministério de Saúde. 

 De acordo com o assessor jurídico de Pacaembu, Alex Fernando Rafael, os seis veículos já estão em Tatuí (SP), e o prazo final para devolução era nesta qurta-feira (20). 

 As ambulâncias foram recebidas em 2010, pelas cidades de Adamantina, Osvaldo Cruz, Lucélia, Parapuã, Rinópolis, Mariápolis, Inúbia Paulista, Salmourão, Sagres, além de Tupã e Pacaembu. “Foram realizadas várias reuniões para que se chegasse à decisão de que o Samu não era viável. 

 Em consulta com o Ministério Público Federal, junto à Procuradoria da República, foi instaurado um inquérito civil para apurar a não implantação do serviço, foi quando os municípios acabaram verificando que não era possível a implantação devido ao custo”, explicou Rafael.

 Quando as administrações municipais inciaram os projetos em 2010, de acordo com o assessor jurídico, havia a possibilidade existência de parcerias entre o governo federal, junto com auxílio financeiro do governo estadual, mas não foi o que aconteceu. 

 “Quando foi para por em prática a implantação, vimos que os valores ficariam por conta dos municípios. Só em Pacaembu, seriam gastos mensalmente em torno de R$ 30 mil por mês, uma quantia muito alta”, ressaltou. O assessor de imprensa da Prefeitura de Adamantina, uma das cidades que faziam parte do projeto, Everton Santos, informou que a princípio as cidades acreditavam que teriam o recebimento de valores do Estado, entretanto, não há essa obrigatoriedade. 

 "Os municípios achavam que poderia haver uma contrapartida, por se tratar de serviço público de saúde, mas isso não foi firmado, já que não há essa obrigação. 

 Quando perceberam que os custos ficariam para cada cidade, eles perceberam ser um sistema inviável devido aos valores", disse Santos. O Samu não ficaria responsável por todos os atendimentos do município, como explicou Rafael. 

 “Não seria todo o acidente que seria encaminhado ao Samu. Após o chamado, seria feito um estudo para saber se o serviço realizaria atendimento ou o 193 [o Corpo de Bombeiros]. Por isso, era uma quantia muito grande para ser gasta, sendo que há ambulâncias suficientes nos municípios”, alegou.

 Outro ponto que levou à desistência do serviço, é que algumas cidades passaram a desconsiderar a implantação, o que aumentaria ainda mais o valor mensal a ser gasto por prefeitura. 

 Desde quando as ambulâncias foram recebidas, elas permaneceram guardadas e sem uso. Seguindo determinação do Departamento de Atenção Hospitalar de Urgência, do Ministério da Saúde, os veículos foram entregues para representantes do órgão. 

 Entretanto, de acordo com Rafael, é possível que o projeto seja repensado futuramente. 

 "O Ministério da Saúde disse que tentaria retomar essa implantação com os municípios, mas tudo teria que ser discutido novamente, além de ser estudado um novo projeto”, finalizou.

Do G1

Nenhum comentário: