sexta-feira, 17 de julho de 2015

Cerâmicas de Panorama passam por dificuldades devido à crise financeira

Estabelecimentos precisam demitir funcionários para reduzir gastos. Produção mensal de tijolos diminuiu em 40%.

Ritmo de produção desacelerado. Em uma cerâmica, em Panorama, a produção mensal de tijolos que era de 560 mil peças ao mês no ano passado, agora está 40% menor. Segundo a cooperativa das Indústrias Cerâmicas do Oeste Paulista (Incoesp), a produção de tijolos no polo cerâmico da região, que era de 47,5 milhões de peças ao mês, teve uma queda de quase 50% neste ano, cerca de 25 milhões de tijolos ao mês.

Situação que também refletiu na compra da matéria prima, a argila. “De dezembro de 2014 para trás, nos anos anteriores, era consumido de 90 mil até 100 mil metros cúbicos por mês. De janeiro de 2015 até julho, está sendo consumindo de 50 mil até 60 mil metros cúbicos por mês.”, afirma o diretor da cooperativa Milton Salzedas. 

A crise vem atingindo o setor gradativamente, números da cooperativa revelam ainda que de cinco anos pra cá, 62 cerâmicas encerraram as atividades na região. Eram 147 agora são 85.

Outra consequência da crise é a diminuição da mão de obra no setor, em uma cerâmica da cidade, o quadro de funcionários sofreu uma redução de quase 30%. Somente em 2015 5 pessoas foram demitidas. “O empresário tem que fazer as contas. Se ele não tiver produzindo e vendendo a um valor que sustente a fábrica ele terá que demitir ou fechar”, conta a proprietária do local, Sebastiana Merejolli.

O desempregado Alex dos Santos diz que o corte de despesas foi a justificativa do ex-patrão dele pra demiti-lo há dezoito dias. Ele trabalhava em uma outra cerâmica de panorama há seis meses. "É sempre a mesma conversa de que a empresa está dispensando por redução e fica difícil para nós", afirma.

Do G1 Presidente Prudente

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