sexta-feira, 21 de agosto de 2015

CASOD E REPERCUSSÃO - Dupla que matou casal em Parapuã vai a júri popular

Crime foi em 2013 e o julgamento será nesta sexta-feira (21). Réus são acusados de duplo homicídio, roubo e ocultação de cadáver.

Nesta sexta-feira (21), às 9h, terá início o julgamento, em sessão do Tribunal do Júri, no Fórum da Comarca de Osvaldo Cruz, dos réus confessos José Barbosa da Silva Filho e José Luís Francisco de Almeida. Os dois são acusados de matar o casal Daniel Molina Pozzetti e Larissa Rossi Auresco, em 2013, em Parapuã. 

O crime foi no dia 28 de dezembro, no sítio onde as vítimas moravam. Na época, o rapaz tinha 25 anos e sua namorada, 21. Os corpos dos dois foram localizados carbonizados em um lixão na Estrada Vicinal José Morales Agudo. 

Filho era caseiro do sítio do casal morto e, na época, contou que havia planejado a morte das vítimas por vingança, pois teria sido maltratado por Pozzetti, seu patrão. Ele arquitetou o homicídio e chamou o lavrador José Luiz Francisco de Almeida para participar. 

Os dois réus foram presos no dia 31 de dezembro e confessaram o homicídio. Posteriormente, eles deram detalhes da ação e disseram que mataram primeiro o rapaz e depois a moça. As vítimas foram golpeadas com uma pedra. 

Eles ainda roubaram alguns objetos da casa do sítio e colocaram os corpos em um carro. Por falta de combustível, pararam no lixão e posicionaram as vítimas como se estivessem abraçadas. Então, os réus atearam o fogo no casal. 

O júri 

De acordo com o chefe de cartório do Fórum de Osvaldo Cruz, César Barbosa Gonçalo, por se tratar de crime contra a vida, os réus serão julgados por populares. "Foram convocadas 25 pessoas. Dessas, sete serão sorteadas para compor o conselho de sentença", explicou a reportagem.

Ele ressaltou que o júri terá início às 9h, sem previsão de término, e que a sessão é aberta ao público. Porém, há apenas 60 lugares disponíveis. 

"Geralmente é um processo longo, com várias partes. Mas, em geral, as testemunhas serão ouvidas e os réus interrogados pela Promotoria [acusação] e pela defesa. Por fim, a juíza [Mariana Sperb], de acordo com as teses apresentadas, perguntará ao conselho de sentença se os jurados concordam com a tese da Promotoria ou da defesa", pontuou Gonçalo. 

A defesa 

No julgamento, a Promotoria pretende obter a condenação dos réus por duplo homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, meio cruel e dissimulação), ocultação de cadáver e roubo. 

Cada réu tem um advogado e o G1 conversou com os profissionais. “Todo mundo tem direito a defesa, independentemente do crime cometido. Vamos fazer o melhor possível e aguardar o resultado do júri”, enfatizou o advogado de José Barbosa da Silva Filho, Wilson Fernandes. 

“Vou usar teses jurídicas para a diminuição da pena, pois o crime já está comprovado no processo”, afirmou o advogado de José Barbosa da Silva Filho, Flávio Aparecido Soato.

DO G1 DE PRESIDENTE PRUDENTE 

Nenhum comentário: